sexta-feira, 27 de abril de 2012

Incapacidade Física


Uma tendinite, nos faz parar para analisar a vida, a nossa e a de nosso semelhante.
 
Passamos tantas vezes pelas ruas, vemos cadeiras de rodas, cegos, muletas e muitas vezes desconhecemos a dor.
 
A dor do próximo, que muitas vezes passa despercebida por nós, daquele que pede no semáforo,
daqueles que nunca puderam enxergar a luz, as flores, o sol, os mares.
 
Daqueles que já puderam ver, mas perderam esse dom maravilhoso.
 
Aqueles que não podem sair de casa, facilmente como nós, pois não podem andar, nasceram assim ou algo os deixou assim, um acidente, uma doença ...
 
É maravilhoso ter o dom de andar, para o trabalho, para um passeio.
 
Como são preciosas as mãos que criam, trabalham sem cessar e muitas vezes, nem lembramos delas.
 
Quantos as perderam, na sua função ou não mais as tem.
 
Como deve ser difícil querer trabalhar, criar e não poder, porque muitos podem trabalhar, mas o trabalho não os desperta, só perdendo a função é que muitos irão sentir falta.
 
Quantos saem em seus carros, desrespeitando a vida e quantos voltam paraplégicos.
 
Vários adolescentes degradam seu corpo , no mundo dos vícios.
 
Muitos deficientes não podem falar e nem ouvir, muitas vezes ignoramos ...
 
Quanta deficiência, neste mundo que é de matéria e quão podemos ser falíveis e atingíveis.
 
Mas nem sempre o homem pensa nisto.
 
Nem sempre as autoridades, os governos fazem algo para minorar a dor destas pessoas, que também são seres humanos.
 
Porém grande é a luta humana e a capacidade do homem.
 
Quantos paraplégicos se tornaram atletas, quantos que perderam suas pernas, estão dando aulas afora pelos mares, carregando próteses.
 
Vários tornaram-se campeões no salto, carregando uma perna protética.
 
Perde-se uma função, mas o homem aprende a desenvolver outra que a compense.
 
Muitos cegos sabem ler, muitos cantam, paraplégicos podem trabalhar, podem ser bons locutores, vendedores, pintores.
 
Mas estão por aí afora, carregando suas dores, mas dando lições de vida, de luta, de amor.
 
Porque pior que aquele que é deficiente da matéria, é aquele que tem a matéria perfeita e a destroe, no trânsito, nas drogas, na violência.
 
Pior, é aquele que tem as mãos perfeitas e não podem estender a mão a seu semelhante, tem o reumatismo no espírito.
 
Quantos ainda tem as usado para matar.
 
Pior aquele que usa as mãos para praticar o mal ao próximo.
 
Melhor se ter a deficiência da fala, que usar a fala para denegrir, desunir, degradar.
 
Quantos tem pernas perfeitas e não são capazes de caminhar até aquele que sofre o frio, a fome, a dor,
mas ficam em suas casas, lastimando a vida, reclamando de tudo e de todos, muitas vezes, criticando aqueles que estão no trabalho, ou mesmo aquele deficiente que está nas ruas trabalhando para ganhar seu sustento.
 
Pior deficiente é o deficiente do espírito.
 
Valorizemos o instrumento que Deus nos deu para o trabalho. Se falha-nos uma mão, temos outra, se não as temos, podemos usar as palavras para orientar, podemos caminhar até aquele que sofre mais. Uma pessoa paraplégica, se tem as mãos, podem trabalhar com elas de muitas formas, pode criar muitas coisas.
 
A maior bênção que o ser humano pode conhecer, que o faz crescer sempre, é o trabalho honesto, caritativo, seja como for.
 
Mas se ele não puder trabalhar, se a deficiência o limita num cárcere de dor, que entregue a Jesus a sua dor.
 
Que possamos sempre agradecer as bênçãos em nossas vidas, e nunca esquecermos daqueles que tem tão menos que nós.
 
Que não sejamos deficientes da alma.

Autoria Desconhecida

domingo, 22 de abril de 2012

Aprendendo a Conversar com Deus...



 Para conversar com Deus é preciso antes de tudo aprender a estar em silêncio.

Muitos se queixam que não conseguem ouvir a voz de Deus e, portanto, não há nenhum mistério.

Deus nos fala. Mas geralmente estamos tão preocupados em falar, falar e falar, que Ele simplesmente nos ouve. Se falamos o tempo todo, nada mais natural que ouvirmos o som da nossa própria voz. Enquanto nosso eu estiver dominando, só ouviremos a nós mesmos.

A maneira mais simples de orar é ficar em silêncio, colocar a alma de joelhos e esperar pacientemente que a presença de Deus se manifeste. E Ele vem sempre. Ele entra no nosso coração e quebranta nossas vidas. Quem teve essa experiência um dia nunca se esquecerá.

Nosso grande problema é chegar na presença de Deus para ouvir somente o que queremos. Geralmente quando chegamos a Ele para pedir alguma coisa, já temos a resposta do que queremos. Não pedimos que nos diga o que é melhor para nós, mas dizemos a Ele o que queremos e pedimos isso. É sempre nosso eu dominando, como se inversamente, fôssemos nós deuses e que Ele estivesse à disposição simplesmente para atender a nossos desejos. Mas Deus nos ama o suficiente para não nos dar tudo o que queremos, quando nos comportamos como crianças mimadas. Deus nos quer amadurecidos e prontos para a vida.

Quem é Deus e quem somos nós? Quem criou quem e quem conhece o coração de quem? Somos altivos e orgulhosos. Se Deus não nos fala é porque estamos sempre falando no lugar dEle.

Portanto, se quiser conversar com Deus, aprenda a estar em silêncio primeiro. Aprenda a ser humilde, aprenda a ouvir. E aprenda, principalmente, que Sua voz nos fala através de pessoas e de fatos e que nem sempre a solução que Ele encontra para os nossos problemas são as mesmas que impomos. Deus também diz "não" quando é disso que precisamos. Ele conhece nosso coração muito melhor que nós, pois vê dentro e vê nosso amanhã. Ele conhece nossos limites e nossas necessidades.

A bíblia nos dá este conselho: "quando quiser falar com Deus, entra em seu quarto e, em silêncio, ora ao Teu Pai."

Eis a sabedoria Divina, a chave do mistério e que nunca compreendemos. Mas ainda é tempo...

Encontramos no livro de Provérbios a seguinte frase:
"as palavras são prata, mas o silêncio vale ouro."

A voz do silêncio é a voz de Deus. E falar com Ele é um privilégio maravilhoso acessível a todos nós.


Letícia Thompson



sábado, 14 de abril de 2012

O Deus do "Pão Velho"



Certamente vocês já passaram pela experiência de atender uma criança que bate à sua porta e pede pão velho. Acreditamos que poucos percebem que esta criança está batendo na porta do seu coração. Ela não está pedindo apenas pão velho, mas um pouco de atenção, de carinho, de proteção.
Lembramo-nos de ter ouvido, há muitos anos, um Pastor falar numa Rádio sobre o Deus do PÃO VELHO – dizia ele que as crianças pedem pão velho, e quando ganham, dizem: Deus lhe pague. (será que Deus fica satisfeito quando damos pão velho para matar a fome de uma criança?). Essas reflexões voltaram à nossa mente ao lermos uma mensagem de uma assistente social, Ana Luiza, que foi interpelada por um garotinho de uns 9 anos, que disse:

– Dona, tem pão velho? - Ela disse que aquela interpelação soou para ela como se o menino dissesse: – me dá o pão que era meu e ficou na sua casa!
Ela começou a conversar com o menino, perguntando onde morava? Se estava na escola? Ele morava muito longe dali e não estava na escola.
– Seu pai mora com vocês?
– Não. Ele sumiu. – foi à resposta.
Continuaram conversando. Ela absorveu, naquela conversa, toda a solidão, do menino, ainda tão pequeno, e já sem sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola, sem pai. Ela disse para o garoto:
– Vou buscar o pão. Serve pão novo?
– Não precisa não, a Senhora já conversou comigo.

Três coisas nos chama a atenção nessa narrativa. “Me dá o pão que era meu e ficou na sua casa”! “ A solidão da criança” e “não precisa me dar o pão, a senhora já conversou comigo”. Lamentavelmente a maioria das pessoas andam muito ocupadas ou muito desconfiadas para conversar com um menino ou um velho. A maioria não percebe que está retendo em sua casa o pão do necessitado.
Pois é, a paz é feita de coisas simples como esse texto.
Vamos dar o pão novo, e o amor ao próximo, tão velho, que já tem dois mil anos. Vamos construir a paz.

*Verifique quantas pessoas talvez estejam esperando uma só palavra sua...


(Amílcar Del Chiaro Filho)

sábado, 7 de abril de 2012

Os Sinais De Renovação

Ante a assembléia familiar, o Mestre tomou a palavra e falou, persuasivo: — E quando o Reino Divino estiver às portas dos homens, a alma do mundo estará renovada.

O mais poderoso não será o mais desapiedado e, sim, o que mais ame.


O vence
dor não será aquele que guerrear o inimigo exterior até à morte em rios de sangue, mas o que combater a iniquidade e a ignorância, dentro de si mesmo, até à extinção do mal, nos círculos da própria natureza.

O mais eloqüente não será o dono do mais belo 
discurso, mas, sim, o que aliar as palavras santificantes aos próprios atos, elevando o padrão da vida, no lugar onde estiver.

O mais nobre não será o detentor do maior número de títulos que lhe conferem a transitória dominação em 
propriedades efêmeras da Terra, mas aquele que acumular, mais intensamente, os créditos do amor e da gratidão nos corações das mães e das crianças, dos velhos e dos enfermos, dos homens leais e honestos, operosos e dignos, humildes e generosos.

O mais respeitável não será o dispensa
dor de ouro e poder armado e, sim, o de melhor coração.

O mais santo não será o que se isola em altares do supremo
orgulho espiritual, evitando o contacto dos que padecem, por temer a degradação e a imundície, mas sim, aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento.

O mais 
puro não será o que foge ao intercâmbio com os maus e criminosos confessos, mas aquele que se mergulha no lodo para salvar os irmãos decaídos, sem contaminar-se.

O mais sábio não será o possui
dor de mais livros e teorias, mas justamente aquele que, embora saiba pouco, procura acender uma luz nas sombras que ainda envolvem o irmão mais próximo...

O Amigo Divino pousou os olhos lúcidos na noite clara que resplandecia, lá fora, em pleno coração da Natureza, fez longo intervalo e acentuou:


— Nessa época sublime, os homens não se ausentarão do lar em combate aos próprios irmãos, por exigências de conquista ou pelo 
ódio de raça, em tempestades de lágrimas e sangue, porquanto estarão guerreando as trevas da ignorância, as chagas da enfermidades, as angústias da fome e as torturas morais de todos os matizes...

Quando o arado substituir o carro suntuoso dos triunfa
dores, nas exibições públicas de grandeza coletiva; quando o livro edificante absorver o lugar da espada no espírito do povo; quando a bondade e a sabedoria presidirem às competições das criaturas para que os bons sejam venerados; quando o sacrifício pessoall em proveito de todos constituir a honra legítima da individualidade, a fim de que a paz e o amor não se percam, dentro da vida — então uma Nova Humanidade estará no berço luminoso do Divino Reino...

Nesse ponto, a palavra doce e soberana fez branda pausa e, lá fora, na tepidez da noite suave, as estrelas fulgentes, a cintilarem no alto, pareciam saudar essa era distante...

Neio Lúcio do Livro Jesus No Lar.

Amigos a Páscoa é este momento de renovação, então, reflitamos sobre tudo
o que está a nossa volta, sobre nossos procederes e nossos esforços empreendidos
para nossa própria melhoria.