sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Conto Espírita III

         Joyce e Isac

Joyce casou com 17 anos e ao completar 18 já tinha um filho, o qual recebeu o nome de Isac.
Isac, logo cedo revelou tendências negativas: gênio forte, briguento, fazendo sempre prevalecer sua força.


Com o passar dos anos, deu trabalho para os professores em relação aos estudos. Na adolescência, ligou-se ao consumo de drogas; acabou com os pertences domésticos de seus pais. Enquanto os mesmos trabalhavam, Isac se apossava dos objetos para pagar as drogas que consumia.

Certa noite, Joyce, durante o sono, teve um sonho esclarecedor. Sonhou que estava diante de Deus.

O Bom Pai lhe disse:
-Desabafe sua dor, filha.

Maravilhada, ela perguntou:
-Senhor, porque me enviaste uma pedra bruta como filho?

A resposta que ouviu foi a seguinte:
-Para que, com paciência e amor, pode as arestas dessa pedra... no interior dela existe um brilho; mas este só aparecerá se a pedra ficar liberta das inferioridades do caráter.

Recebendo um abraço amoroso que jamais esqueceu, Joyce acordou.

Somente então ela percebeu que quase nada havia feito para modelar o caráter de seu filho.

Devido à canseira diária, por tanto trabalhar, deixara-o praticamente abandonado ao acaso.

Resolveu que faria tudo de agora em diante, para educar bem Isac. Infelizmente, não houve tempo para isso. Isac, numa briga, foi morto.

Joyce sentiu-se vazia e triste. Muitos dias ela chorou por ter perdido o filho. Para sua surpresa, novamente ela engravidou e voltou a sonhar com Deus. Desta vez, ela nada perguntou, apenas escutou a doce voz do 

Pai:
-Joyce, estou lhe devolvendo Isac... cuide bem dele... faça o brilho aparecer.
         
Joyce acordou enlevada, feliz, sorrindo... e pensando: farei tudo o que estiver ao meu alcance para educar corretamente meu querido Isac. 

Maria Nilceia