sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Conto IV

GRANDE MESSE

Jesus percorria as aldeias, ensinando e curando. Ao ver as multidões, compadecia-se, porque sofriam. Disse então aos seus discípulos: “Na verdade, a messe é grande, e os operários são poucos. Suplicai ao Senhor que mande operários. (Mateus, cap. 9, versículos 35 a 38).
 

Se você ora pelo próximo, você faz parte da messe. Tantos são os seres imersos em desespero, ou então sem maturidade para conduzir a própria vida. A prece de um amigo é capaz de envolver-lhes em suaves energias e reavivar-lhes o animo. Jesus orou por nós.
 

Se você distribui lanchinhos nos asilos, nas casas de crianças abandonadas, você faz parte da messe, pois estes irmão necessitam sentir que alguém se preocupa com eles. Jesus preocupou-se conosco.
 

Se você não se nega a ouvir o necessitado e se dispõe a lhe dar a boa palavra que o fortifica e lhe devolve a esperança, você faz parte da messe. Jesus ouviu quem o procurou e jamais deixou de oferecer o conselho amigo.
 

Todo esforço, enfim, no sentido de ajudar, é muito válido.
Individualismo crescente alastra-se no planeta. “Não tenho nada com os problemas dele” é o que se ouve... mas... e se ele necessita de sua disposição para ouvi-lo?
 

Amigo, seja delicado, meigo, sensível, sincero. Se você está bem, aceite ajudar quem não está.
 

Jesus não exige o impossível.  

Assim como o fermento da maledicência pode provocar crimes hediondos, a palavra amiga pode evitar desgraças.
Iluminar é crescer junto e não na frente.
 
            Maria Nilceia

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Conto Espírita III

         Joyce e Isac

Joyce casou com 17 anos e ao completar 18 já tinha um filho, o qual recebeu o nome de Isac.
Isac, logo cedo revelou tendências negativas: gênio forte, briguento, fazendo sempre prevalecer sua força.


Com o passar dos anos, deu trabalho para os professores em relação aos estudos. Na adolescência, ligou-se ao consumo de drogas; acabou com os pertences domésticos de seus pais. Enquanto os mesmos trabalhavam, Isac se apossava dos objetos para pagar as drogas que consumia.

Certa noite, Joyce, durante o sono, teve um sonho esclarecedor. Sonhou que estava diante de Deus.

O Bom Pai lhe disse:
-Desabafe sua dor, filha.

Maravilhada, ela perguntou:
-Senhor, porque me enviaste uma pedra bruta como filho?

A resposta que ouviu foi a seguinte:
-Para que, com paciência e amor, pode as arestas dessa pedra... no interior dela existe um brilho; mas este só aparecerá se a pedra ficar liberta das inferioridades do caráter.

Recebendo um abraço amoroso que jamais esqueceu, Joyce acordou.

Somente então ela percebeu que quase nada havia feito para modelar o caráter de seu filho.

Devido à canseira diária, por tanto trabalhar, deixara-o praticamente abandonado ao acaso.

Resolveu que faria tudo de agora em diante, para educar bem Isac. Infelizmente, não houve tempo para isso. Isac, numa briga, foi morto.

Joyce sentiu-se vazia e triste. Muitos dias ela chorou por ter perdido o filho. Para sua surpresa, novamente ela engravidou e voltou a sonhar com Deus. Desta vez, ela nada perguntou, apenas escutou a doce voz do 

Pai:
-Joyce, estou lhe devolvendo Isac... cuide bem dele... faça o brilho aparecer.
         
Joyce acordou enlevada, feliz, sorrindo... e pensando: farei tudo o que estiver ao meu alcance para educar corretamente meu querido Isac. 

Maria Nilceia

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Conto II


VENCENDO A ESTAGNAÇÃO

Fausto, aflito, envolve-se em idêntica tristeza à de sua filha, Clarita, prestes a voltar à Terra em nova encarnação. Os dois, em momento de despedida, externam lágrimas. A mãe, Tereza, abraça o marido e a filha, compadecendo-se do drama dos dois.
         Clarita é convidada pelo seu orientador a partir para recomeçar nova vida. O caminho a seguir estava bem planejado. Não seria aconselhável que os pais a acompanhassem para o momento decisivo do reinício. O estado emocional de Fausto era desolador.
         Clarita, por sua vez, não poderia mais permanecer no estado de estagnação em que se encontrava. E assim, imersa em expectativa, Clarita deixa os pais, apoiando seu fronte no ombro do dedicado mentor.
         Tereza, paciente, envolve Fausto em redobrada atenção. Teme que ele se envolva em novo descontrole emocional. Choroso, ele repete as palavras já ditas incontáveis vezes:
         -Como fui inconseqüente! Ao dar tudo para Clarita, quando vivíamos em nosso lar na Terra, ao satisfazer todas as suas vontades, ao impedir que você a ensinasse a cultivar o equilíbrio, acabei por propiciar a estagnação de nossa amada filha, que não quis terminar os estudos, gastou compulsivamente e adquiriu débitos em tantas lojas.
         Ainda envolto em agitação sentimental, ele prossegue:
         -Sou culpado!
         Richard, amigo do casal, chega neste momento e, ao presenciar o sofrimento de Fausto, ministra-lhe um passe. Exausto, Fausto adormece.
         Reflitamos: quanto tempo durarão tão tristes consequências da imprevidência?
         Certamente durarão o tempo necessário para que Clarita se modifique. Tudo dependerá da sabedoria dos que serão seus pais atuais e da boa vontade da reencarnante. Colocar filhos no mundo é fácil. Amá-los é mais fácil ainda.
         Educá-los e prepará-los para a vida, requer visão, paciência, dedicação, disciplina.
         Quando num jardim, o jardineiro é constante no trato das plantas, elas ofertam flores lindas que enriquecem os jardins da natureza. O planeta necessita também de jardins humanos.

Cada filho pode ser uma flor.

Maria Nilceia
Via mediúnica

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Contos Espíritas

Amigos leitores, hoje, iniciaremos uma nova fase 
de um novo ano e para isto, começaremos o ano com Contos Espíritas.
Espero que gostem e comentem.


Um Lindo Conto

Elza, Edu e a Eutanásia...


Elza, com o coração opresso pela piedade, olhava seu filho Edu estendido no leito. Ele se contorcia. Padecia de desequilíbrio mental e atrofiamento dos membros. Em algumas ocasiões, ele se desesperava e parecia ver alguém invisível ameaçando-o. Permanecia assustado durante algum tempo e depois, com a presença de Elza, se acalmava.
Ela e questionava: se a eutanásia fosse permitida, não seria melhor para meu filho? Tal dúvida perseguia-a, pois ela não possuía conhecimento profundo sobre vidas anteriores, apesar de já ter ouvido algumas considerações sobre o assunto.
Resolveu procurar ajuda num centro espírita. O orientador se propôs a levar o nome do jovem em reuniões de desobsessão, ao mesmo tempo em que orientou Elza sobre vidas passadas.
         Na segunda reunião, ao ser pronunciado o nome de Edu, manifestou-se através de uma das médiuns, uma entidade revoltada, que assim se exprimiu: consumarei minha vingança! Disse chamar-se João Paulo. E explicou com detalhes o que Edu havia feito em outra vida. 
         Na verdade, em vida anterior, Edu, juntamente com um comparsa, assassinou João Paulo, que lhe roubara a esposa.
         Na vida atual Edu se redimia do ato praticado, passando pela difícil provação.
         Elza foi conscientizada pelo orientador espírita.
Retornou ao lar, dizendo para si mesma: filho, cuidarei para que tenha vida longa! Jamais voltarei a me questionar sobre eutanásia.
         Posteriormente, estudou com afinco o tema reencarnação. Aceitou a debilidade de Edu como providencial. Conversava com ele carinhosamente e tinha a impressão que, de certa maneira, Edu a compreendia.
         Dois anos após o desencarne de Edu, que viveu até os trinta e seis anos, Elza, vitimada por um enfarte, também desencarnou. Ao adentrar a Pátria Celeste, reencontrou Edu, agora sem nenhuma deformidade,completamente normal.
         Hoje, mãe e filho trabalham felizes e incansavelmente para a efetivação de um reino amor e bondade, perdão e equilíbrio.
         Salve!

Erasto   Psicografia: Maria Nilceia