domingo, 21 de outubro de 2012

Eu Pedi a Deus

Eu pedi a Deus que tirasse meu orgulho.
E Deus disse não!
Não Lhe cabia tirá-lo, mas a mim deixá-lo...

Eu pedi a Deus que me desse paciência.
E Deus disse não!
Ele disse que a paciência nasce das atribulações;
Ela não é concedida, é merecida...

Eu pedi a Deus que me concedesse felicidade.
E Deus disse não!
Ele disse que me daria Suas bênçãos;
A felicidade viria de mim mesmo...

Eu pedi a Deus que me poupasse do sofrimento.
E Deus disse não!
Ele disse que a dor afasta-me das ilusões da vida
e leva-me para mais perto d’Ele...

Eu pedi a Deus que me fizesse crescer minha vida espiritual.
E Deus disse não!
Ele me disse que eu deveria crescer sozinho,
mas Ele vai podar-me como um ramo, para que produza frutos...

Eu perguntei a Deus se Ele me ama.
E Deus disse sim!
Ele deu-me Seu Único Filho, que morreu por mim
E quer-me um dia no céu, pela minha Fé...

Então, pedi a Deus que me ajudasse
a amar os outros como Ele me ama.
E Deus disse:
"Finalmente compreendeste!"

Desconheço o autor

domingo, 14 de outubro de 2012

A Bagagem


 Existe um personagem de desenhos animados infantis que tem um certo toque de mistério e magia.
Seu nome é Gato Félix. A todo lugar que vá, ele leva a sua maleta. É uma maleta especial, pequena. E tudo o que ele deseja, tira da dita maleta.
Se for hora do lanche, ele encontra frutas, sanduíches e sucos. Se
necessitar fazer um conserto, as ferramentas lá estão. Sempre as certas e precisas.
Se chover de repente, basta abrir a maleta para encontrar capa,
guarda-chuva, botas. E assim em qualquer situação.
Cada um de nós também possui uma pequena mala de mão, em nossa vida, mais ou menos parecida com a do personagem infantil.
Quando a vida começa, temos em mãos a pequena mala. À medida que os anos passam, a bagagem, dentro dela, vai aumentando.
É que vamos colocando tudo o que recolhemos pelo caminho. Algumas coisas muito importantes. Outras, nem tanto. Muitas, dispensáveis.
Chega um momento em que a bagagem começa a ficar insuportável de ser
carregada. Pesa demais.
Nesse momento, o melhor mesmo é aliviar o peso, esvaziar a mala.
Você examina o conteúdo e vai pondo para fora.
Amor, amizade. Curioso, não pesam nada.
Depois você tira a raiva. Como ela pesa! Na seqüência, você tira a
incompreensão, o medo, o pessimismo.
Nesse momento, você encontra o desânimo. Ele é tão grande que, ao tentar tirá-lo, ele é que quase o puxa para dentro da mala.
Por fim, você encontra um sorriso. Bem lá no fundo, quase sufocado.
Pula para fora outro sorriso. E mais outro. Aí você encontra a felicidade.
Mas ainda tem mais coisas dentro da mala. Você remexe e encontra a tristeza.
É bom jogá-la fora.
Depois, você procura a paciência dentro da mala. Vai precisar bastante dela.
E também procura a força, a esperança, a coragem, o entusiasmo, o
equilíbrio, a responsabilidade, a tolerância e o bom e velho humor.
A preocupação que você encontrar, deixe de lado. Depois você pensa no que fazer com ela.
Bem, agora que você tirou tudo da sua mala, deve arrumar toda a bagagem.
Pense bem no que vai colocar lá dentro de novo. Isso é com você.
E depois de toda a bagagem pronta, o caminho recomeçado, lembre de repetir a arrumação vez ou outra.
O caminho é longo até chegar ao final da jornada, e você terá que carregar a mala o tempo todo.
E quando chegar do outro lado, é bom que em sua bagagem tenha o máximo de coisas positivas, como boas obras, amizades, carinho, amor.
Porque isso tudo não pesa na sua bagagem, enquanto na terra. Mas quando for colocada na balança da justiça, para além da existência física, pesará e muito, positivamente.
A vida é uma grande viagem. Durante um tempo excursiona-se pelas paisagens terrenas.
É um período para estudar, trabalhar, progredir.
Um dia, retorna-se para a estação espiritual. É o momento de contar as
conquistas e as perdas. Os erros e os acertos.
Que a nossa bagagem, nesse dia, possa estar repleta de virtudes, o bem
praticado, afetos conquistados para nossa própria e grande felicidade.

Redação do Momento Espírita