sábado, 25 de fevereiro de 2012

Lição Das Trevas



No vale das trevas, delirava a legião de Espíritos infelizes.

Rixas, obscenidades, doestos, baldões.

Planejavam-se assaltos, maquinavam-se crimes.

O Espírito Benfeitor penetrou a caverna, apaziguando e abençoando .

Aqui, abraçava um desventurado, apartando-o da malta, de modo a entregá-lo, mais tarde, a equipes socorristas; mais adiante, aliviava com suave magnetismo a cabeça atormentada de entidades em desvario.

O serviço assistencial seguia difícil, quando enfurecido mandante da crueldade, ao descobri-lo, se aquietou em súbita acalmia e, impondo respeitosa serenidade à chusma de loucos, declinou-lhe a nobre condição. Que os companheiros rebelados se acomodassem, deixando livre passagem àquele que reconhecia por missionário do bem.

- Conheces-me? - interrogou o recém-chegado, entre espantado e agradecido.

- Sim - disse o rude empreiteiro da sombra -, eu era um doente na Terra e curaste meu corpo que a moléstia desfigurava.
 Lembro-me perfeitamente de teu cuidado ao lavar-me as feridas .

Os circunstantes entraram na conversação de improviso e um deles, de dura carranca, apontou o visitador e clamou para o amigo:

Que mais te fez este homem no mundo para que sejamos forçados à deferência?

Deu-me teto e agasalho.

Outro inquiriu:
 Que mais?

Supriu minha casa de pão e roupa, libertando-nos , a mim e a família, da nudez e da fome .

Outro ainda perguntou com ironia:
Mais nada?

Muitas vezes, dividia comigo o que trazia na bolsa, entregando-me abençoado dinheiro para que a penúria não me arrasasse .

Estabelecido o silêncio, o Espírito Benfeitor, encorajado pelo que ouvia, indagou com humildade:
Meu irmão, nada fiz senão cumprir o dever que a fraternidade me impunha; entretanto, se te mostras tão generoso para comigo, em tuas manifestações de reconhecimento e de amor que reconheço não merecer, porque te entregas, assim, à obsessão e à delinqüência?! .

O interpelado pareceu sensibilizar-se, meneou tristemente a cabeça e explicou:
Em verdade, és bom e amparaste a minha vida, mas não me ensinaste a viver!

Espíritas, irmãos!
Cultivemos a divulgação da Doutrina Renovadora que nos esclarece e reúne!
Com o pão do corpo, estendamos a luz da alma que nos habilite a aprender e compreender, raciocinar e servir.

Irmão X
De "Cartas e Crônicas", de Francisco Cândido Xavier

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Um Caso Interessante



Na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, a televisão mostrava um jovem singular.

Portador de enfermidade degenerativa, estava no leito há mais de 13 anos, paralisado, na mesma posição.

O apresentador lhe fez a última pergunta para encerrar o programa. Pediu-lhe que, em um minuto, definisse o que é a felicidade.

O rapaz sorriu, pensou um pouco, e respondeu com simpatia: "olha, amigo, para mim, que estou há tantos anos deitado de costas nesta cama, sem outro movimento a não ser o dos lábios e dos olhos, a felicidade seria poder deitar um pouco de bruços ou então de lado."

Ambos riram e a entrevista foi encerrada.

No dia seguinte o jovem paralítico recebeu a visita de uma senhora, na casa onde estava hospedado.

Ela estava um tanto inquieta, desejava falar-lhe com certa urgência, antes que ele se fosse da cidade, pois não residia em Uberlândia.

Convidada pelos anfitriões, a senhora acercou-se da cama móvel do rapaz e disse emocionada:

Eu assisti ontem a sua entrevista na TV, e gostaria de lhe dizer que você me fez ver a vida de forma diferente.

Estava, já há algum tempo, enfrentando séria crise existencial...

Tenho uma vida que considero dentro dos padrões de normalidade. Sou saudável e tenho uma situação financeira satisfatória, mas nos últimos tempos viver não tem mais sentido.

E embora aparentemente tenha tudo para ser feliz, desejava por um fim nessa vida vazia que levo.

Mas quando vi você nessa cama, viajando pelo Brasil afora levando esperança e consolo às pessoas que sofrem, comecei a refletir com mais seriedade sobre a vida.

Afinal, pensei, eu posso dormir na posição que deseje, mover-me para o lado que quiser, andar, correr, saltar, e por esse motivo eu já deveria ser mais feliz que você, não é mesmo?

O rapaz dialogou com ela por mais alguns minutos, contou-lhe casos engraçados da sua própria desgraça e ambos riram muito.

A senhora se foi, e o jovem, carcereiro de um corpo deformado, ficou meditando a respeito de como Deus é justo e misericordioso.

De como lhe havia concedido a oportunidade de, com o seu exemplo, confortar e consolar outras pessoas que perderam a vontade de viver, e, ao mesmo tempo, iluminar a própria intimidade com resignação e coragem.

Ele sentia, nas profundezas do seu ser, que estava recebendo conforme suas obras, como afirmara Jesus, mas tinha a vontade férrea de espalhar sementes boas, apesar das dificuldades e limitações físicas.

Pense nisso!

As deformidades do corpo nem sempre denotam deformidade da alma.

Existem almas deformadas albergadas em corpos saudáveis e belos, e há espíritos saudáveis detidos em corpos deformados.

E também há espíritos destrambelhados em corpos igualmente em desalinho.

Seja qual for a situação não há o que lamentar, pois todos estamos em processos de aprendizados valiosos que não merecem ser desperdiçados nem lamentados.
  
(com base no capítulo "Um caso interessante" do livro: Crepúsculo de um coração, de Jerônimo Mendonça. )

Muita Paz

 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Pedaço de Bolo


"Por que Deus tinha que fazer isso justo comigo?"

Aqui vai uma belíssima explicação.
A filha dizia à Mãe como tudo ia errado.
Ela não se saíra bem na prova de Matemática,
o namorado resolveu terminar com ela e a sua melhor amiga estava de mudança para outra cidade.

Em horas de amargura, a mãe sabia que poderia agradar a filha preparando-lhe um bolo.
Naquele momento não foi diferente.
Abraçou a filha e levou-a à cozinha, conseguindo arrancar da moça um sorriso sincero.
Logo que a mãe separou os utensílios e ingredientes que usaria e os colocou na mesa, perguntou à filha:
- Querida, quer um pedaço de bolo?
- Mas já, mamãe? É claro que quero. Seus bolos são deliciosos...
- Então está bem, respondeu a mãe.

Tome um pouco desse óleo de cozinha!
Assustada, a moça respondeu:
- Credo, mãe!
Que tal então comer uns ovos crus, filha?
- Que nojo, Mãe!
- Quer então um pouquinho de Farinha de Trigo ou Bicarbonato de Sódio?
- Mãe, isso não presta!
A Mãe então respondeu:
- É verdade, todas essas coisas parecem ruins sozinhas, mas quando as colocamos juntas, na medida certa...
Elas fazem um bolo delicioso!

Deus trabalha do mesmo jeito.
Às vezes a gente se pergunta por que Ele quis que nós passássemos por momentos difíceis,
mas Deus sabe que quando Ele põe todas essas coisas na ordem exata, elas sempre nos farão bem.
A gente só precisa confiar n'Ele e todas essas coisas ruins se tornarão algo fantástico!
Deus é louco por você.

Ele te manda flores em todas as Primaveras...
Faz nascer o Sol todas as manhãs...
E sempre que você quiser conversar, Ele vai te ouvir!
Ele pode viver em qualquer lugar do universo,
e Ele escolheu o seu coração!






Autor Desconhecido

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Hábitos Infelizes


* Usar pornografia ou palavrões, ainda que estejam supostamente na moda.

* Pespegar tapinhas ou cotucões a quem se dirija a palavra.

* Comentar desfavoravelmente a situação de qualquer pessoa.

* Estender boatos e entretecer conversações negativas.

* Falar aos gritos.

* Rir descontroladamente.

* Aplicar franquezas impiedosas a pretexto de honorificar a verdade.

* Escavar o passado alheio, prejudicando ou ferindo os outros.

* Fugir da limpeza.

* Queixar-se, por sistema, a propósito de tudo e de todos.

* Ignorar conveniências e direitos alheios.

* Fixar intencionalmente defeitos e cicatrizes do próximo.

* Irritar-se por bagatelas.

* Indagar de situações e ligações, cujo sentido não possamos penetrar.

* Desrespeitar as pessoas com perguntas desnecessárias.

* Contar piadas suscetíveis de machucar os sentimentos de quem ouve.

* Zombar dos circunstantes ou chicotear os ausentes.

* Analisar os problemas sexuais seja de quem seja.

* Deitar conhecimentos fora de lugar e condição, pelo prazer de exibir cultura e competência.

* Desprestigiar compromissos e horários.

* Viver sem método.

* Agitar-se a todo instante, comprometendo o serviço alheio e dificultando a execução dos deveres próprios.

* Contar vantagens, sob a desculpa de ser melhor que os demais.

* Gastar mais do que dispõe.

* Aguardar honrarias e privilégios.

* Não querer sofrer.

* Exigir o bem sem trabalho.

* Não saber agüentar injúrias ou críticas.

* Não procurar dominar-se, explodindo nos menores contratempos.

* Desacreditar serviços e instituições.

* Fugir de estudar.

* Deixar sempre para amanhã a obrigação que se pode cumprir hoje.

* Dramatizar doenças e dissabores.

* Discutir sem raciocinar.

* Desprezar adversários e endeusar amigos.

* Reclamar dos outros aquilo que nós próprios ainda não conseguimos fazer.

* Pedir apoio sem dar cooperação.

* Condenar os que não possam pensar por nossa cabeça.

* Aceitar deveres e largá-los sem consideração nos ombros alheios.

Livro: Sinal Verde
André Luiz & Francisco Cândido Xavier