Sentes. Intuis. Sabes.
A necessidade de mudar afirma-se dentro de ti.
Talvez a dúvida e o medo te detenham.
Mas podes mudar o teu rumo.
Um rumo é uma mera orientação.
Não é um caminho único, nem fixo; não é para sempre.
Perante uma encruzilhada, a tua escolha pode ser outra.
Poucas coisas na vida são tão permanentes como o céu e a
terra.
Tudo o resto, incluindo todos os seres humanos, muda.
O teu rumo também.
Por isso é bom o desapego
e não nos agarrarmos ao que é conhecido, seguro.
Convém deixar que a vida flua
e se encaminhe para as mudanças.
Presta atenção às indicações do caminho.
É no movimento constante que reside a renovação,
Que ocorre na natureza, na mente e no espírito.
O caminho vai procurando o seu próprio sentido,
Às vezes de uma maneira harmoniosa,
Outras aos tropeções.
E é precisamente quando se tropeça...
Que chega a hora de ouvir a mensagem desse caminho:
É necessário seguir outro rumo.
Porquê tanto medo?
O caminho foi sempre desconhecido.
O que te deixa inseguro é teres de abandonar um percurso
Ao qual já estavas habituado.
Mas o hábito faz-te perder o prazer da travessia
E as oportunidades de percorrer outros caminhos.
Portanto, talvez encontres
Aquilo que, sem saberes ainda, procuras e necessitas.
Por isso, não tenhas medo,
Não fujas perante a mudança.
Não queiras manter uma posição que já não te leva a
parte alguma.
Tens de ser flexível
E adaptar-te às circunstancias
Porque, embora a princípio te custe entender...
As mudanças são sempre para melhor
E ajudam a evoluir para um nível superior.
Lentas ou vertiginosas,
Pacíficas ou violentas,
Desejadas ou não,
As mudanças promovem o progresso.
Não te deixam estagnar ou murchar.
Trazem abundância e riqueza de bens à tua porta,
Para que tenhas oportunidades na vida,
Porque o movimento é a manifestação suprema da vida e da
prosperidade.
A quietude e a rotina, pelo contrário,
São sinónimas de estagnação e ocaso.
Por isso, decide-te e começa a mudar.
Rende-te ao movimento e vê com outros olhos o curso da
vida.
Ela mesma te indica o movimento propício para agires sem
medo
E aventurares-te a novos caminhos.
A mudança é um acto de fé.
Nasce da luta entre o velho e o novo.
Todas as mudanças respondem as forças superiores.
Por isso não há motivo para te arrependeres
Da transformação.
Autor Desconhecido.
domingo, 30 de setembro de 2012
domingo, 23 de setembro de 2012
O Ensinamento Vivo
Em observando qualquer edificação ou serviço, Maria Cármen
não faltava à crítica.
Ante um vestido das amigas, exclamava sem-cerimônia:
- O conjunto é tolerável, mas as particularidades deixam
muito a desejar. A gola foi extremamente malfeita e as mangas estão
defeituosas.
Perante um móvel qualquer, rematava as observações irônicas
com a frase:
- Não poderiam fazer coisa melhor?
E, à frente de qualquer obra de arte, encontrava traços e
ângulos para condenar.
A Mãezinha, preocupada, estudou recursos de dar-lhe
proveitoso ensinamento.
Foi assim que, certa manhã, convidou a filha a visitar, em
sua companhia, a construção de um edifício de vastas linhas. A jovem, que não
podia adivinhar-lhe o plano, seguiu-a, surpreendida.
Percorreram algumas ruas e pararam diante do arranha-céu a
levantar-se.
A senhora pediu a colaboração do engenheiro-chefe e passou a
mostrar à filha os vários departamentos. Enquanto muitos servidores abriam
acomodações para os alicerces, no chão duro, manobrando picaretas, veículos
pesados transportavam terra daqui para ali, com rapidez e segurança. Pedreiros
começavam a erguer paredes, suarentos e ágeis, sob a atenciosa vigilância dos
técnicos que orientavam os trabalhos. Caminhões e carroças traziam material de
mais longe. Carregadores corriam na execução do dever.
O diretor das obras, convidado pela matrona a pronunciar-se
sobre a edificação, esclareceu gentil:
- Seremos obrigados a inverter volumoso capital para
resgatar as despesas. Requisitaremos, ainda, a colaboração de centenas de
trabalhadores especializados. Carpinteiros, estucadores, vidraceiros, pintores,
bombeiros e eletricistas virão completar-nos o serviço. Qualquer construção
reclama toda uma falange de servos dedicados.
A menina, revelando-se impressionada, respondeu:
- Quanta gente a pensar, a cooperar e servir!...
- Sim – considerou o chefe, sorrindo expressivamente -,
edificar é sempre muito difícil.
Logo após, mãe e filha apresentaram as despedidas,
encaminhando-se, agora, para velho bairro.
Vararam algumas travessas e praças menores agradáveis e
chegaram à frente de antiga casa em demolição. Viam-se-lhe as linhas nobres, no
estilo colonial, através das alas que ainda se achavam de pé. Um homem, apenas
ali se encontrava, usando martelo de tamanho gigantesco, abatendo alvenaria e
madeirante. Ante a queda das paredes a ruírem com estrondo, de minuto a minuto,
a jovem observou:
- Como é terrível arruinar, deste modo, o esforço de tantos!
A Mãezinha serena interveio, então, e falou,
conselheiralmente:
Chegamos, filha, ao fim do ensinamento vivo que buscamos.
Toda a realização útil na Terra exige a paciência e o suor, o trabalho e o
sacrifício de muita gente.Edificar é muito difícil. Mas destruir e eliminar é
sempre muito fácil. Bastará uma pessoa de martelo à mão para prejudicar a obra
de milhares. A critica destrutiva é um martelo que usamos criminosamente, ante
o respeitável esforço alheio. Compreendeu?
A jovem fez um sinal afirmativo com a cabeça e, daí em
diante, procurou ajudar a todos ao invés de macular, desencorajar e ferir.
Neio Lúcio
domingo, 16 de setembro de 2012
Recomeçar
Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e necessário
"Recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
é renovar as esperanças na vida e o mais importante...
acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado...
Chorou muito?
foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechaste a porta até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora...
Pois é...agora é hora de reiniciar...de pensar na luz...
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Que tal um novo emprego? Uma nova profissão?
Um corte de cabelo arrojado... diferente?
Um novo curso... ou aquele velho desejo de aprender a
pintar... desenhar... dominar o computador...
ou qualquer outra coisa...
Olha quanto desafio...
quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.
Tá se sentindo sozinho? besteira...
tem tanta gente que você afastou com
o seu "período de isolamento"...
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza...
nem nós mesmos nos suportamos...
ficamos horríveis... o mal humor vai comendo nosso fígado...
até a boca fica amarga.
Recomeçar...
hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
Vá alto... sonhe alto... queira o melhor do melhor...
queira coisas boas para a vida...
pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos...
Se pensamos pequeno... coisas pequenas teremos...
já se desejarmos fortemente o melhor e
principalmente lutarmos pelo melhor...
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental...
jogar fora tudo que te prende ao passado...
ao mundinho de coisas tristes...
fotos... peças de roupa, papel de bala...
ingressos de cinema... bilhetes de viagens...
e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados...
jogue tudo fora... mas principalmente...
esvazie seu coração... fique pronto para a vida...
para um novo amor...
Lembre-se somos apaixonáveis...
somos sempre capazes de amar muitas
e muitas vezes... afinal de contas...
Nós somos o "Amor"...
Paulo Roberto Gaefke
domingo, 9 de setembro de 2012
O Dom Esquecido
Centralizara-se geral atençao em torno de curiosa palestra referente aos dons com que o Céu aquinhoa as almas, na Terra, quando o Senhor comentou, paciente: — Existiu um homem banhado pela graça do merecimento, que recebeu do Alto a permissao de abeirar-se do Anjo Dispensador dos dons divinos que florescem no mundo.
Ante o Ministro Celeste, o mortal venturoso pediu a bênção da Mocidade.
Recebeu a concessão, mas, e breve, reconheceu que a juventude poderia ser forca e beleza, mas também era inexperiência e fragilidade espirital, e, já desinteressado, voltou ao Doador Sublime e solicitou-lhe a Riqueza.
Conseguiu a abastança e gozou-a, longo tempo; todavia, reparou que a retenção de grandes patrimônios provoca a inveja maligna de muitos.
Cansando-se na defesa laboriosa dos próprios bens, procurou o Anjo e rogou-lhe a Liberdade.
Viu-se realmente livre.
No entanto, foi defrontado por cruéis demônioss invisíveis, que lhe perturbaram a caminhada, enchendo-lhe a cabeça de inquietude e tentações.
Extenuado, em face do permanente conflito interior em que vivia, retornou ao Celeste Dispensador e suplicou o Poder.
Entrou na posse da nova dádiva e revestiu-se de grande autoridade.
Entendeu, porém, mais cedo que esperava, que o mando gera odio e revolta nos corações preguiçosos e incompreensíveis e, atormentado pelos estiletes ocultos da indisciplina e da discordia, dirigiu-se ao benfeitor e implorou-lhe a Inteligência.
Todavia, na condição de cientista e h de letomemras, perdeu o resto de paz que desfrutava.
Compreendeu, depressa, que não lhe era possível semear a realidade, de acordo com os seus desejos.
Para não ser vítima da reação destruidora dos próprios beneficiados, era compelido a colocar um grão de verdade entre mil flores de fantasia passageira e, longe de acomodarse à situação, tornou à presença do Anjo e pediu-lhe o Matrimônio Feliz.
Satisfeito em seu novo designio, reconfortou-se em milagroso ninho doméstico, estabelecendo graciosa família, mas, um dia, apareceu a morte e roubou-lhe a companheira.
Angustiado pela viuvez, procurou o Ministro do Eterno e afirmando que se equivocara, mais uma vez, suplicou-lhe a graça da Saúde.
Recebeu a concessão.
Entretanto, logo que se escoaram alguns anos, surgiu a velhice e desfigurou-lhe o corpo, desgastando-o e enrugando-o sem compaixao.
Atormentado e incapaz agora de ausentar-se de casa, o Anjo amigo veio ao encontro dele e, abraçando-o, paternal, indagou que novo dom pretendia do Alto.
O infeliz declarou-se em falência.
Que mais poderia pleitear? Foi então que o glorioso mensageiro lhe explicou que ele, o candidato à felicidade, se esquecera do maior de todos os dons que pode sustentar um homem no mundo, o dom da Coragem que produz entusiasmo e bom ânimo para o serviço indispensável de cada dia...
Jesus interrompeu-se por alguns minutos; depois, sorrindo ante a pequena assembléia, rematou: — Formosa é a Mocidade, agradável é a Fortuna, admirável é a Liberdade, brilhante é o Poder, respeitável é a Inteligência, santo é o Casamento Venturoso, bendita é a Saúde da carne, mas se o homem não possui Coragem para sobrepor-se aos bens e males da vida humana, afim de aprender a consolidar-se no caminho para Deus, de pouca utilidade são os dons temporários na experiência transitória.
E tomando ao colo um dos meninos presentes, indicou-lhe o firmamento estrelado, como a dizer que somente no Alto a felicidade perene das criaturas encontraria a verdadeira pátria.
Ante o Ministro Celeste, o mortal venturoso pediu a bênção da Mocidade.
Recebeu a concessão, mas, e breve, reconheceu que a juventude poderia ser forca e beleza, mas também era inexperiência e fragilidade espirital, e, já desinteressado, voltou ao Doador Sublime e solicitou-lhe a Riqueza.
Conseguiu a abastança e gozou-a, longo tempo; todavia, reparou que a retenção de grandes patrimônios provoca a inveja maligna de muitos.
Cansando-se na defesa laboriosa dos próprios bens, procurou o Anjo e rogou-lhe a Liberdade.
Viu-se realmente livre.
No entanto, foi defrontado por cruéis demônioss invisíveis, que lhe perturbaram a caminhada, enchendo-lhe a cabeça de inquietude e tentações.
Extenuado, em face do permanente conflito interior em que vivia, retornou ao Celeste Dispensador e suplicou o Poder.
Entrou na posse da nova dádiva e revestiu-se de grande autoridade.
Entendeu, porém, mais cedo que esperava, que o mando gera odio e revolta nos corações preguiçosos e incompreensíveis e, atormentado pelos estiletes ocultos da indisciplina e da discordia, dirigiu-se ao benfeitor e implorou-lhe a Inteligência.
Todavia, na condição de cientista e h de letomemras, perdeu o resto de paz que desfrutava.
Compreendeu, depressa, que não lhe era possível semear a realidade, de acordo com os seus desejos.
Para não ser vítima da reação destruidora dos próprios beneficiados, era compelido a colocar um grão de verdade entre mil flores de fantasia passageira e, longe de acomodarse à situação, tornou à presença do Anjo e pediu-lhe o Matrimônio Feliz.
Satisfeito em seu novo designio, reconfortou-se em milagroso ninho doméstico, estabelecendo graciosa família, mas, um dia, apareceu a morte e roubou-lhe a companheira.
Angustiado pela viuvez, procurou o Ministro do Eterno e afirmando que se equivocara, mais uma vez, suplicou-lhe a graça da Saúde.
Recebeu a concessão.
Entretanto, logo que se escoaram alguns anos, surgiu a velhice e desfigurou-lhe o corpo, desgastando-o e enrugando-o sem compaixao.
Atormentado e incapaz agora de ausentar-se de casa, o Anjo amigo veio ao encontro dele e, abraçando-o, paternal, indagou que novo dom pretendia do Alto.
O infeliz declarou-se em falência.
Que mais poderia pleitear? Foi então que o glorioso mensageiro lhe explicou que ele, o candidato à felicidade, se esquecera do maior de todos os dons que pode sustentar um homem no mundo, o dom da Coragem que produz entusiasmo e bom ânimo para o serviço indispensável de cada dia...
Jesus interrompeu-se por alguns minutos; depois, sorrindo ante a pequena assembléia, rematou: — Formosa é a Mocidade, agradável é a Fortuna, admirável é a Liberdade, brilhante é o Poder, respeitável é a Inteligência, santo é o Casamento Venturoso, bendita é a Saúde da carne, mas se o homem não possui Coragem para sobrepor-se aos bens e males da vida humana, afim de aprender a consolidar-se no caminho para Deus, de pouca utilidade são os dons temporários na experiência transitória.
E tomando ao colo um dos meninos presentes, indicou-lhe o firmamento estrelado, como a dizer que somente no Alto a felicidade perene das criaturas encontraria a verdadeira pátria.
Neio Lucio
domingo, 2 de setembro de 2012
Ajuda Divina
O rio subia e subia, inundando as casas até o teto;
a Defesa Civil, a Cruz Vermelha e o Exército tentavam resgatar a
quantos podiam.
—Suba à lancha, senhor — dizem a uma pessoa que
estava no alto de um teto, com a água na cintura.
—Não, não faz falta, eu não necessito ajuda
humana porque tenho muita fé e por isso meu Deus vai me salvar.
—Deixe de bobagem e suba à lancha rápido, que não temos muito tempo, porque há
muitos mais a quem resgatar.
—NÃO! Eu tenho muita fé e meu Deus vai me
resgatar.
Os que estão na lancha vêem que o homem está
irredutível e como há tantas outras pessoas a quem ajudar, decidem ir
embora.
A água continua subindo, a corrente ameaça arrancar
a nosso religioso homem daquele teto e levá-lo; ele se aferra ao teto
com as unhas. Nisso se aproxima um helicóptero e do alto estendem-lhe
uma escadinha.
— SUBA! VENHA PARA CIMA! — dizem-lhe em voz alta.
— EU NÃO NECESSITO AJUDA HUMANA PORQUE TENHO MUITA
FÉ QUE MEU DEUS VAI ME SALVAR!
O helicóptero vai resgatar outros. A corrente acaba
levando o homem rio abaixo, porém do alto de uma ponte lhe jogam uma
corda.
— EU NÃO NECESSITO AJUDA HUMANA PORQUE... —
etc., etc.
O homem se
afoga. Ao chegar ao céu, indignado, vai pedir contas a Deus:
— Muito bonito, eu dizendo como um idiota que o
senhor iria me ajudar, e nada! É esse seu amor por seus filhos? É
assim que desampara a quem tem fé em Ti?
Deus
se irrita e responde:
"ESCUTA-ME
BEM, MAL-AGRADECIDO!
PORQUE TENS FÉ EM MIM TE MANDEI
UM BOTE, UM HELICÓPTERO E UMA CORDA,
E TUDO RECHAÇASTE.
QUE QUERIAS, QUE EU FOSSE EM PESSOA BUSCAR-TE?"
PORQUE TENS FÉ EM MIM TE MANDEI
UM BOTE, UM HELICÓPTERO E UMA CORDA,
E TUDO RECHAÇASTE.
QUE QUERIAS, QUE EU FOSSE EM PESSOA BUSCAR-TE?"
Autor: Enrique
Barrio
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