quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A Lição do Jardineiro


Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim.



Chegando em casa, o executivo viu que era um garoto de apenas quinze ou dezesseis anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.



Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.



O garoto ligou para uma mulher e perguntou:



A senhora está precisando de um jardineiro?



Não. Eu já tenho um, foi a resposta.



Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo.



Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro também faz isso.



O garoto insistiu: Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.



O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora.



Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível.



Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa esperando. Nunca se atrasa.



Numa última tentativa, o menino arriscou: O meu preço é um dos melhores.



Não, disse firme a voz ao telefone. Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.



Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro:



Meu rapaz, você perdeu um cliente.



Claro que não, foi a resposta rápida. Eu sou o jardineiro dela. Fiz isso apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo.



Em se falando do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa desse jardineiro?



E, se fizéssemos, qual seria o resultado? Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro?



Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos?



Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?



Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências, com presteza?



E, por fim, qual tem sido o nosso preço? Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio, cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as deixamos florescer, sem sufocá-las?



O amor floresce nos pequenos detalhes. Como gotas de chuva que umedecem o solo ou como o sol abundante que se faz generoso, distribuindo seu calor.



A gentileza, a simpatia, o respeito são detalhes de suma importância para que a florescência do amor seja plena e frutifique em felicidade.

Redação do Momento Espírita