sábado, 12 de novembro de 2011

Outro Dia...



Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha.
 
A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.
 
A formiga carregava com sacrifício. Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga.
 
Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa.
 
Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa. Foi quando pensei:
 
“Até que enfim ela terminou seu empreendimento”.
 
Ilusão minha.
 
Na verdade,havia apenas terminado uma etapa. A folha
era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então, entrar sozinha.
 
Foi aí que disse a mim mesmo:
 
“Coitada, tanto sacrifício para nada.”
 
Lembrei-me ainda do ditado popular:
 
“Nadou, nadou e morreu na praia.”
 
Mas a pequena formiga me surpreendeu. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços. Elas pareciam alegres
na tarefa. Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar
a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco. Imediatamente me peguei pensando em minhas experiências.
 
Quantas vezes, desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades?
 
Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la. Invejei a persistência, a força daquela formiguinha. Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao Senhor:
 
Que me desse a tenacidade daquela formiga, para “carregar” as dificuldades
do dia-a-dia.
 
Que me desse a perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas
 
Que eu pudesse ter a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais.
 
Que eu tivesse a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada,
mesmo que o trajeto tivesse sido solitário
 
Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada,
mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo, mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez
o caminho a percorrer.
 
A alegria dos filhotes que, provavelmente, esperavam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas as adversidades da estrada.
 
Após meu encontro com aquela formiga, saí mais fortalecido em minha caminhada. Agradeci ao Senhor por ter colocado aquela formiga em meu caminho ou por me ter feito passar pelo caminho dela.


Autor: Ninon Rose Hawryliszyn e Silva

2 comentários:

  1. Obrigado por este texto, faz-me reflectir e meditar sobre os vários porquês que assombram ultimamente minha alma. Fiquei fortalecida com esta mensagem o caminho é longo e a carga é pesada mas se formos humildes e pacientes chegamos ao fim e não custou nada.
    Mais uma vez obrigado pela partilha.

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  2. Filipa amiga,

    obrigada pela contribuição.

    Sim, muitas vezes, nos desanimamos diante
    das dificuldades que a vida nos impõe.

    Mas, graças a nossa fé imortalista,
    os amigos e familiares, temos a possibilidade
    de reflexões e nos fortalecermos em meio
    a avalanche que nos tenta carregar.

    Que Jesus a envolva em seu amor infinito,
    dando-lhe coragem para prosseguir apesar dos
    muitos obstáculos que se seguirão.

    Abraços Fraternos.

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